Filme: Uma canta, a outra não, 1977. De Agnès Varda.
Ainda impactada com esse filme. Agnès Varda traz em 1977 o que ainda é a agenda em 2019. Maternidade, aborto, casamento, suícidio e principalmente feminismos.
Vocês já experimentaram assistir uma filme sobre mulheres dirigido por uma mulher? Experimentem!
Uma canta, A outra não, gira em torno da amizade de duas mulheres, que se reencontram em uma situação bastante delicada, Paulinne (Pomme) uma jovem de dezesseis anos, classe média alta começando a enfrentar os pais para seguir seus sonhos e uma vida longe da opressão patriarcal que está consolidada na figura de seu pai e Suzanne, jovem de vinte e dois anos, com dois filhos pequenos e grávida de dois meses. Suzanne no desespero de seguir uma gravidez solo aceita a ajuda de Pomme para realizar o aborto, a gravidez solo que falo é em relação a solidão da maternidade, embora, ela tenha um companheiro as crianças são de fato um peso único para a mãe. As duas consolidam uma incrível amizade que é interrompida por uma tragédia, o suicídio do companheiro de Suzanne a compele a voltar para o interior e ficar na casa dos pais que de fato não aceitam ter uma filha "perdida". A trama segue seus rumos, ambas com vidas diferentes e formas de lutas diferentes, se reencontram dez anos depois no julgamento de Marie Claire (simbólico), a partir daí o filme só cresce, Agnes irá transitar entre os feminismos, suas formas de lutas e fragilidades. Pomme representa uma luta rebelde, com anseios que ela mesma não sabe ainda, uma cena importante de Pomme no interior falando em uma canção sobre divisão de tarefas é surreal, a crítica explícita de Vardas ao feminismo pequeno burguês, Suzanne tem desejos mais românticos, uma família , um amor e sua luta pelo direito das mulheres, dirigindo um centro de planejamento familiar ela exerce ali seu feminismo.
Vejo como os pontos mais altos do filme as canções, Simone Beauvoir permeia toda a película, mas tem uma canção particularmente que é incrível, da mesma forma uma delas que fala sobre Engels e a ideia do homem ser o burguês e a mulher o proletariado!
Um filme que me encantou pela sua forma e atualidade! A agenda do feminismo não mudou muito...
Ainda impactada com esse filme. Agnès Varda traz em 1977 o que ainda é a agenda em 2019. Maternidade, aborto, casamento, suícidio e principalmente feminismos.
Vocês já experimentaram assistir uma filme sobre mulheres dirigido por uma mulher? Experimentem!
Uma canta, A outra não, gira em torno da amizade de duas mulheres, que se reencontram em uma situação bastante delicada, Paulinne (Pomme) uma jovem de dezesseis anos, classe média alta começando a enfrentar os pais para seguir seus sonhos e uma vida longe da opressão patriarcal que está consolidada na figura de seu pai e Suzanne, jovem de vinte e dois anos, com dois filhos pequenos e grávida de dois meses. Suzanne no desespero de seguir uma gravidez solo aceita a ajuda de Pomme para realizar o aborto, a gravidez solo que falo é em relação a solidão da maternidade, embora, ela tenha um companheiro as crianças são de fato um peso único para a mãe. As duas consolidam uma incrível amizade que é interrompida por uma tragédia, o suicídio do companheiro de Suzanne a compele a voltar para o interior e ficar na casa dos pais que de fato não aceitam ter uma filha "perdida". A trama segue seus rumos, ambas com vidas diferentes e formas de lutas diferentes, se reencontram dez anos depois no julgamento de Marie Claire (simbólico), a partir daí o filme só cresce, Agnes irá transitar entre os feminismos, suas formas de lutas e fragilidades. Pomme representa uma luta rebelde, com anseios que ela mesma não sabe ainda, uma cena importante de Pomme no interior falando em uma canção sobre divisão de tarefas é surreal, a crítica explícita de Vardas ao feminismo pequeno burguês, Suzanne tem desejos mais românticos, uma família , um amor e sua luta pelo direito das mulheres, dirigindo um centro de planejamento familiar ela exerce ali seu feminismo.
Vejo como os pontos mais altos do filme as canções, Simone Beauvoir permeia toda a película, mas tem uma canção particularmente que é incrível, da mesma forma uma delas que fala sobre Engels e a ideia do homem ser o burguês e a mulher o proletariado!
Um filme que me encantou pela sua forma e atualidade! A agenda do feminismo não mudou muito...
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