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Dororidade - da palavra ao conceito.

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O AI5 na favela.

A polícia se confundiu Era uma furadeira e ela viu um fuzil Resultado? Matou um morador do Andaraí. Polícia confusa toda, e confundi pipoca com droga é normal e lá se vai mais uma vítima fatal. Já imaginou portar um celular e levar dois tiros nas costas? Imagina playboy, esse é o tamanho da bosta. Os nossos deputados não querem só nossa morte, agora querem o sangue, o coração e até as bolas. Doação compulsória, nome bonito para lucrar ainda mais com o nosso extermínio. Vocês estão assustados com os bolsonaros? Imagina nós onde todo esse pacote de terrorismo já é aplicado! O AI5 não acabou na favela. Morte, tortura, desaparecimento, é isso que todo dia nos espera. Vocês estão com medo da volta do estado de exceção ? E para o preto , pobre , favelado que nunca deu trégua não. O medo de vocês é ter que parar de olhar para o próprio rabo, é reconhecer que a ditadura que se vive no morro está descendo para o asfalto... * Reflexão que surgiu após eu ver o doc. Estopim. Imag

Cotas raciais: a desonestidade do uso do colorismo

Então... Faz tempo que tô por aqui batendo na tecla de como pessoas com passibilidade brank's serão as responsáveis pelo fim das cotas. Estamos no país que foi calcado no mito do paraíso da três raças e com um projeto político de branqueamento, dentro desse mito que se tornou a base dos estudos sociais, antropológicos e históricos do Brasil. Esse mesmo país extermina negros (literalmente) todos os dias, ainda hoje vemos poucos professores negros, bancários, proprietários e mesmo assim, esse país que segrega e mata se utiliza desse mito para não proporcionar o mínimo de direitos que possa gerar equidade. Sabemos que a cota racial é quase nada no que conhecemos como racismo estrutural, mas, as cotas garante uma pequena porcentagem de negros na universidade, nos concurso públicos. Temos que parar urgentemente de pegar termos dos EUA e enfiar no Brasil, aqui o racismo é de cor, é de estereótipos e é por isso que estamos em 2019 e vemos negros inocentes presos e mortos. Nos últimos an

Uma canta, a outra não - feminismos

Filme: Uma canta, a outra não, 1977. De Agnès Varda. Ainda impactada com esse filme. Agnès Varda traz em 1977 o que ainda é a agenda em 2019. Maternidade, aborto, casamento, suícidio e principalmente feminismos. Vocês já experimentaram assistir uma filme sobre mulheres dirigido por uma mulher? Experimentem! Uma canta, A outra não, gira em torno da amizade de duas mulheres, que se reencontram em uma situação bastante delicada, Paulinne (Pomme) uma jovem de dezesseis anos, classe média alta começando a enfrentar os pais para seguir seus sonhos e uma vida longe da opressão patriarcal que está consolidada na figura de seu pai e Suzanne, jovem de vinte e dois anos, com dois filhos pequenos e grávida de dois meses. Suzanne no desespero de seguir uma gravidez solo aceita a ajuda de Pomme para realizar o aborto, a gravidez solo que falo é em relação a solidão da maternidade, embora, ela tenha um companheiro as crianças são de fato um peso único para a mãe. As duas consolidam uma incrível

Sex Education e a questão racial

Sex Education e a premissa do "somos todos iguais... Sqn". Eu não sou uma fã de séries e as poucas que assisti abordavam especificamente temáticas raciais, mas, com tantos comentários e diante da temática da sexualidade, resolvi assistir. A princípio me apresentaram a série como algo pra assistir em horas vagas pois, era mais do mesmo, outros mais animados disseram não ser apenas uma série de colegial e sim uma reflexão profunda sobre sexualidade, gênero, etc. Entre tantas apresentações ninguém me falou sobre o racismo na série... É, esse tema que nunca sai de cena. Vejo a série como algo que ultrapassa as séries colegiais que coisas como High School Music batizou, ela transcende bastante, ela traz com êxito temas que outras pessoas podem de fato desenvolver uma análise mais elaborada que a minha, mas, meu foco é a raça. A princípio a série quebra o padrão branqueado que somos acostumados, logo conhecemos o Eric, melhor amigo do protagonista, e hoje falo da série a part

O outro do outro

A mulher negra! O outro do outro A masculinidade não me aceita A branquitude me renega O papo de mana acaba quando eu preciso limpar sua casa 53% é o numero que marca Violência que dilacera e mata Não tem empatia quando o assunto é tua teoria Você me define como identitária Ignora meus conhecimentos Tira meus sonhos Tira minha fala Tira minha militancia Tira minha vida No dia do meu funeral me abraça...  A crucificação é diária, o linchamento é cotidiano, as mortes são simbólicas.

Rupi Kaur me incomodou.

Rupi Kaur me incomodou... Outros jeitos de usar a boca, chegou para mim descrito por homens como literatwitter, que trazia a obviedade das coisas, os clichês de outras, nada que ninguém nunca tenha pensado antes. Mas, o que seria literatwitter? Uma maneira de menosprezo literário? Afinal, o que tais pessoas entendem por literatura? Para além do conceito científico da literatura penso: quem escreveu, quem é o público e qual a função da obra? A função desse livro e principalmente quem se lê nessas linhas. O que chamaram de obviedade eu chamo de realidade arrasadora, o livro escrito por uma mulher que tem como público principal mulheres, decorre sobre abuso sexual, relacionamento abusivo e amor. Antes de qualquer coisa Rupi Kaur inicia: "meu coração me acordou chorando ontem à noite o que eu posso fazer supliquei meu coração disse escreva o livro". Quando falo que Kaur me incomodou é porque ela incomodou coisas silenciadas dentro de mim, os poemas transitam entre leveza e s